A reencarnação e a continuidade da vida após a morte do corpo nos dias de hoje são assuntos abordados de forma natural e exaustivamente comprovados pela Doutrina Espírita, entretanto, vamos tratá-los aqui como “possibilidade”, uma vez que para alguns caracterizam-se ainda por tabus intransponíveis, e como são conceitos fundamentais para o enfoque que vamos abordar, tentaremos numa análise simples apresentar a viabilidade desses conceitos para chegarmos a alguma conclusão racional que traga luzes sobre o assunto homossexualidade, numa tentativa de explicar essa ocorrência tão comum no meio social mas que traz consigo tanta intolerância, preconceito e discriminação. O homem anseia pela imortalidade, como recurso pela vida eterna, não queremos desaparecer depois da morte e as diversas religiões e todos os povos desde as mais remotas civilizações, criaram incríveis sistemas para oferecer aos seus fiéis uma esperança de vida futura.
Todos atribuem com razão, o surgimento do homem desde a fantasia da criação de Adão a Deus, que teria feito um boneco de barro e lhe dado com um sopro seu, o fôlego da vida, tornando-o alma vivente. Vejamos que existem aí duas situações, o boneco de barro, que por si só não significava nada e o sopro de Deus dando-lhe algo mais, o fôlego da vida, indicando assim uma dualidade no ser humano, corpo a alma. Isso está bem caracterizado nos textos bíblicos, onde em diversas situações também aparecem distintos, o corpo da alma, como por exemplo, nos livros de TIAGO 2- 26, “Pois assim como o corpo, sem o espírito, está morto, assim também a fé, sem as obras é morta” ATOS 20- 10 “Paulo desceu, debruçou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, pois sua alma nele está. Ele está vivo” LUCAS 08- 54 e 55 “Mas ele, tomando-a pela mão, disse em voz alta: “Menina, levanta-te”. 55 O seu espírito voltou e ela logo se levantou. Percebemos ainda a existência da alma, quando vemos pessoas que nunca tiveram contato com certos conhecimentos, como a música, e sem estudo são capazes de criar ou tocar com facilidade, não sendo um conhecimento que aprendeu nesta vida, deve ser patrimônio preexistente que traz em sua alma, ou ainda os casos de desdobramento quando pessoas, saem do seu corpo e vivem experiências fora dele, como é o caso de tantas ocorrências registradas.
A reencarnação hoje é aceita pela grande maioria das pessoas, e chega a ser disciplina de universidade, com outro nome, mas a mesma característica, quando no curso de psicologia se estuda a Terapia de Vivências Passadas, onde o paciente lúcido e guardando as recordações, se lembra de ocorrências, histórias completas e com emoções, de suas vidas passadas. Vemos também clara a noção de reencarnação em inúmeros casos estudados de lembranças de vidas passadas em pessoas reencarnadas, mas principalmente em relação a justiça de Deus que não pode ser compreendida sem a reencarnação, pois Deus seria injusto, se a definição de nossa felicidade na vida futura e eterna ocorresse apenas numa encarnação, considerando as facilidades e dificuldades individuais, diferenças existentes para cada um de nós.
Considerando então esses temas como “possibilidades” e bem possíveis de serem reais, diga-se de passagem, vamos tentar entender a ocorrência da homossexualidade entre nós primeiramente admitindo que somos uma alma, um espírito que usa um corpo, espírito esse que já viveu inúmeras vezes, em experiências as mais diversas com a finalidade do aperfeiçoamento do seu ser, utilizando corpos os mais diferentes com costumes diversificados também, reencarnando ao longo do tempo numa escalada para Deus. A alma não tem sexo, nem homem nem mulher, mas adquire ao longo do tempo uma psicologia masculina ou feminina apropriada para o tipo de experiência que vivencia para seu aprimoramento, sendo que o homossexual é aquela alma que ao reencarnar teve invertido a sua morfologia/psicologia. Caracteriza-se então a homossexualidade, pelo fato de a alma tendo uma psicologia feminina reencarnar num corpo masculino ou vice versa. Numa primeira análise mesmo que superficial, veremos sacramentada aí também a reencarnação, pois caso contrário teríamos que admitir que Deus errou, colocando no momento da criação, que seria no momento da concepção uma alma num corpo errado quando a mesma se sente com outro sexo. Não, Deus não erra jamais, o espírito traz em si, adquirida nas vivências passadas a psicologia masculina ou feminina, ocorrendo nesse caso, como em inúmeras outras situações da vida na terra, que para um aprendizado mais eficaz, estabelece-se uma necessidade de ocorrência específica, no assunto em análise a inversão morfologia/psicologia causando a homossexualidade fazendo com que a pessoa não se sinta em harmonia com o sexo estabelecido em seu corpo, mas que vivenciará situações necessárias de alegria ou tristeza que lhe trará ensinamentos que o tornará melhor perante si mesmo e a sociedade universal para o futuro. Entendendo a dupla situação do ser humano sendo corpo e alma, e ao aceitarmos que a alma renasce na terra, se torna simples compreender que um ( o corpo) pode ser homem e outro ( a alma) por exemplo pode ser mulher, quando ao se ligar a um novo corpo, ocorra uma inversão, ligando-se a um corpo com morfologia diferente da que se sente psicologicamente o espírito.
E assim como na fantasia criacionista o corpo era apenas formação de barro em forma humana e o fôlego de Deus o tornou alma vivente, também o corpo, massa física, com cérebro armazenador de informações não é nada sem o espírito, que o comanda, inteligência que raciocina e o dirige, esse sendo de sexo diferente naturalmente vai se sentir todo o complexo, de sexo diverso, estabelecendo aí a dificuldade em que vive o homossexual em não aceitar o corpo que dirige, pois se sente intimamente de um sexo e vê seu copo se apresentar de outro, é a mesma ocorrência, por exemplo, de uma mulher se fantasiar de homem, mas continuará no seu íntimo sendo mulher. Não podemos, nem de longe imaginar, que isso ocorra ao acaso, seria atribuir a Deus um total descaso à sua criação em desenvolvimento na terra, atitude que não se coaduna com o amor e justiça divina, uma vez que a referida ocorrência traz inúmeros gravames ao indivíduo em questão, dificultando em demasia sua estada na terra, tão pouco podemos imaginar que isso se caracterizaria por castigo divino, pois sendo Deus inteligência e amor, não castigaria pela inteligência, pois certamente encontrou melhor maneira de educar os filhos, e não castigaria pelo amor incondicional que tem por nós.
Resta-nos compreender então que tal situação se estabelece por necessidades íntimas do espírito reencarnante, quando o mesmo necessita de aprendizado que por outros meios não logrou encontrar. Não estamos aqui para estabelecer culpas, mas sim trazer novas idéias de forma que possamos começar a compreender as ocorrências da vida, de uma forma que se apresentem lógicas, racionais e viáveis ao nosso entendimento. Não queremos estabelecer regras, para que não se generalize, dizendo que tal pessoa é homossexual por tal ou qual motivo, ou definir as causas dessa ocorrência de forma irrefutável, mas a título de possibilidades, e considerando o gravame que se apresenta para o portador dessa situação, citar algumas situações que sugeririam no futuro a homossexualidade, como forma reparadora e de aprendizado para o ser humano, podendo ser então desde os descasos ou agressões com o sexo oposto, com os desregramentos e excessos no exercício e prazeres da sexualidade até a exploração sexual própria ou alheia com objetivos dos mais variados, incluindo ainda no contexto a necessidade de assim nascer para que de alguma forma possamos amparar alguém que se julgue fragilizado e que nossa presença nessas condições trariam maiores possibilidades de vitória na empreitada estabelecida na encarnação dela.
Uma breve reflexão sobre essas e tantas outras possíveis ocorrências do passado, demonstraria que as dificuldades encontradas pelo homossexual no presente, o ajudará pelo aprendizado novo, a não se equivocar no futuro, repetindo sofrimentos que causou a si mesmo a aos que o rodeiam. No contexto da homossexualidade, precisamos abordar ainda a situação daqueles que se viciaram sexualmente em atividades com parceiros do mesmo sexo, em ocorrências que por exposição desse tipo na infância, ou por iniciativa própria a titulo de experimentação, como é muito comum em diversas áreas da atividade humana, principalmente na juventude que para se saber como é, ou para demonstrar a rebeldia natural desta fase, nos expomos a experiências radicais e perigosas, acabando por nos viciar, como ocorre também com certa freqüência em relação às drogas, sendo assim muitos homossexuais não possuem a inversão psicologia/morfologia, mas sim aprenderam a gostar dessa atividade sexual em virtude de que num dado momento de sua vida, permitiu que seus impulsos sexuais admitissem como prazeroso e “natural” esse tipo de atividade. Se “natural” é atrair-se por pessoa de sexo oposto e quando a psicologia é invertida, “natural” é que o individuo sinta-se atraído por pessoa do mesmo sexo (do seu corpo), concluir-se então que aquele que se viciou por iniciativa e experimentação, pode com um tratamento direcionado, voltar a sentir prazer nas relações naturais de sua psicologia, que se caracterizaria no relacionamento homem/mulher, entretanto para aqueles que nasceram com inversão psicológica no tocante ao sexo do corpo, jamais se ajustarão ao contexto estabelecido como natural de o corpo masculino se atrair pelo feminino, pois o comando está na alma que se sente de sexo contrário do corpo, então alguém com alma feminina num corpo masculino, sentir-se-á atraído naturalmente por outro copo masculino pois é a alma que comanda e uma alma feminina não pode atrair-se por um copo feminino e isso não pode ser mudado.
As ocorrências da vida na terra são direcionadas por Jesus, Comandadas por Deus, quem somos nós para nos interpor neste meio? Porque tanta discriminação, preconceito e intolerância com nossos irmãos do caminho que por acréscimo da misericórdia divina, para um impulso maior de sua evolução eterna nasceram desta vez com um gravame que os torna diferentes? Como recriminá-los se eles não tem como modificar-se? Não temos nós mesmos outros problemas íntimos a serem resolvidos? Se Deus permite, nós deveríamos nos curvar à sua vontade e sermos caridosos, aceitando com naturalidade o modo de ser da cada um, que lhe foi imposto nesta vida e que tem que carregar para seu aprendizado eterno, já possuem dificuldades naturais imensas, sem que os recriminemos, pelo simples fato de serem como são, estaremos assumindo por nossa vez sérios débitos por aumentar-lhes as dificuldades e tomara que não nos excedamos demais para que não seja necessário que nós mesmos necessitemos no futuro nascer assim, para poder reparar nossos delitos e compreende-los para então vivermos em harmonia perante a criação divina.
Amigo homossexual, aceite-se como você é, entenda que de Deus o colocou assim nesta vida e ela tem algo a te ensinar, não precisa nem se preocupar com o que seria esse ensinamento, se a vida te deu o esquecimento do passado é uma benção para que você viva sem entraves, viva naturalmente e o aprendizado se estabelecerá pois a inteligência do criador nos conduz sempre, modere suas atitudes, fuja da promiscuidade, procure ser feliz, não se revolte, a vida é bela, Deus quer que sejamos felizes e podemos ser, se fizermos o esforço necessário para mudar o que pode ser mudado e se aceitarmos com resignação o que por enquanto não deve alterar-se. Você é uma pessoa normal, todos nós nascemos com as limitações e facilidades e dificuldades às mais diversas, com o finalidade definida de nos impulsionar ao progresso, não nos revoltemos contra elas e não a utilizemos para aumentar nossas dívidas, mas que elas possam ser a mestra a nos ensinar para vida maior e procuremos viver da melhor maneira possível.
Moisés Rossi.
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