sexta-feira, 27 de maio de 2011

BEM OUVIR

Era uma noite fria e procurando agasalhar-me do vento cortante, chegava para uma palestra previamente agendada para aquele local, a mente, desde a saída de minha casa, já se atinha ao assunto em pauta estabelecendo assim concentração prévia necessária para o bom desempenho da tarefa a que me dispus, mas antes de adentrar ao recinto fui abordado por uma senhora que aflita me questionou:

- Senhor, por favor, poderia ajudar-me por um instante?

- Claro senhora! Em que posso servi-la?

- Sei que o senhor é o palestrante da noite, e passo por problema muito aflitivo.

Ato contínuo apresentou toda a sua dificuldade de relacionamento com o filho que rebelde se expunha a diversos riscos, por minha vez, a ouvi com atenção por longos minutos, restringindo-me a monossílabos que a fizessem entender que compreendia o que falava, por fim aconselhei-a que amasse o filho, estando de coração aberto para ajudá-lo quando precisasse, ela beijou-me as mãos, profundamente agradecida, afirmando que a ajudei muito e retirou-se. Ato contínuo passei a refletir, não fiz nada por ela, o que falei é simplesmente o óbvio, e o que ela com certeza já fazia, pois amava o filho, por que ficou tão agradecida então?

As pessoas nos dias atuais não têm mais quem as ouça, o relacionamento humano pessoal, se restringe ao necessário para o entendimento racional do momento em questão, uma vez que o ser humano por falta de tempo ou porque a vida atual se apresenta com diversificados atrativos ou ainda para não valorizar o quanto necessário o outro, não mais quer dar-lhe atenção. Dentro das empresas, chefes, subordinados e colegas de trabalho, se comunicam por computador, nas famílias o contato se faz pelo celular, nos encontros sociais a música está tão alta, que não se consegue conversar, a televisão e a internet roubam-nos o tempo e por fim, não queremos nos incomodar com problemas alheios, vivemos isolados em meio à multidão.

A maior caridade que se pode fazer nos dias atuais é emprestar nossos ouvidos a alguém, não para aconselhar, nem intervir nos problemas alheios, se você quer ser útil de alguma forma, ouça por alguns minutos alguma pessoa, e você estará fazendo um grande bem, aliviando a mente, o coração, e a necessidade natural que esse ser tem, como todos nós, de compartilhar, algo que nos incomoda. Com quem você dividiria um assunto neste momento? Quem realmente estaria disposto a te ouvir? Alguém que realmente fosse te dar atenção e interesse, que não criticasse, não recriminasse, não julgasse, continuasse sendo seu amigo. Essa é a dificuldade. Esse alguém tem que ser você, que parou para pensar neste assunto, pois dificilmente se encontra uma pessoa disposta a ouvir outra, e falar faz tão bem à alma, nos liberta de tantas tensões, nos completa, nos alivia, lava nossa alma, nos faz mais leves e mais felizes.

Ser ouvido é uma necessidade de todos, pelo menos em algum momento da vida e a não satisfação dessa carência acaba por fazer de nós pessoas insatisfeitas ou deslocadas no meio em que vivemos, até inseguras por não termos como comparar atitudes e decisões, faz-se necessário retomarmos o costume de ouvir, participar, compartilhar vivências, trocarmos emoções, para nos sentirmos participantes do grupo, inseridos no contexto, amparados pelos nossos, onde encontraremos então a tranqüilidade e equilíbrio íntimo, com uma vida mental mais saudável, e arejada pela exposição de partes de nossa casa mental que por vezes guarda poeira do passado, das situações mal resolvidas.

Moisés Rossi

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Entrega Medalha Custus Vigilat


A Câmara de Vereadores de Bauru entregou na noite desta sexta-feira (30/04), a medalha Custos Vigilat ao Rotay Clube de Bauru. A sessão solene atendeu projeto de iniciativa do vereador Moisés Rossi, autor do Decreto Legislativo, 23/11/2010, que estabeleceu a homenagem.
Moisés Rossi, lembrou a história de criação do Rotary, no começo do século passado, em Chicago, nos Estados Unidos. Da chegada do Rotary a Bauru em 1936 e da importância que este clube de serviço cumpre na vida da sociedade. O atual presidente do Rotary, Edivaldo Abílio Tuschi, que recebeu a homenagem disse que o Rotary deu a ele a dimensão de que é preciso estar sempre começando e que é preciso sempre perseverar e que os desafios que surgem não podem ser obstáculos que nos impeçam de alcançar aquilo que nos levou a começar.
Estiveram presentes à cerimônia os vereadores, Roberval Sakai, presidente da Câmara, Fernando Mantovani, Marcelo Borges, Moisés Rossi e Chiara Ranieri.