quarta-feira, 28 de julho de 2010

Arnaldo Jardim - Turismo e a Copa 2014





Bonito por Natureza...

“Moro num país tropical,

abençoado por Deus”

– Jorge Benjor.



Em verso e prosa, nossas belezas naturais são cantadas mundo afora, revelando um potencial turístico formidável, mas ainda pouco aproveitado pela maioria dos brasileiros. Apesar do recente incremento nos embarques domésticos, impulsionado pela concorrência entre empresas (aéreas e rodoviárias), pelo aumento do número de agências especializadas e pelo chamado “turismo de negócios”, ainda sofremos com uma infra-estrutura aeroportuária precária, com a concentração de destinos, falta de investimentos e de mão-de-obra qualificada para atender a crescente demanda.

Esta preocupação só aumenta à medida que nos aproximamos da realização de dois grandes eventos esportivos, como a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016.

No sentido de nos prepararmos para organizar com competência o principal evento esportivo do mundo e receber os visitantes com qualidade, foi elaborado pelas principais entidades e lideranças do setor o Documento Referencial Turismo no Brasil 2011/2014. Nele, constam os principais desafios que a iniciativa pública e a privada terão para preparar o turismo brasileiro para a Copa do Mundo de 2014.

O estudo aponta para a consolidação do turismo como produto de consumo do brasileiro. Estima que os desembarques domésticos saltem dos 56 milhões, registrados em 2009, para 73 milhões, em 2014. Projeta também a geração de dois milhões de empregos formais e informais de 2010 a 2014. A entrada de divisas internacionais deverá crescer 55%, no mesmo período, subindo de R$ 6,3 bilhões para R$ 8,9 bilhões no ano de realização da Copa no Brasil.

A elaboração do documento foi coordenada por um Comitê Gestor, formado por representantes do Ministério do Turismo (MTur), Embratur, Conselho Nacional de Turismo e Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur). O trabalho contou com apoio de consultores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e utilizou indicadores do IBGE, Banco Central, Ministério do Trabalho e Emprego, Infraero, entre outros. O documento foi, posteriormente, encaminhado a todos os candidatos à Presidência da República.

Entretanto, não basta estimular a demanda internacional e doméstica, sem antes zelar por um crescimento sustentável, respeitando-se as raízes culturais brasileiras e o seu patrimônio histórico e artístico, no sentido de tornar a atividade turística em um grande vetor de crescimento econômico e social, gerador de emprego e renda para a população.

Afinal, uma política publica bem sucedida na área de turismo pressupõe atitudes e ações de intersetorialidade, de ação obrigatoriamente conjunta e integrada do próprio Governo e do setor privado.

Junto com a CNTur – Confederação Nacional do Turismo, na qual destaco a liderança do seu presidente, Nelson de Abreu Pinto, tenho me empenhado na busca por linhas de financiamento específicas para a capacitação da mão-de-obra; garantia de acesso das diferentes classes sociais; estímulo à sinergia entre hotéis, restaurantes e meios de transporte; desenvolvimento de novos destinos sob o foco socioambiental. Todas estas são premissas para que o turismo se torne, finalmente, uma das principais atividades econômicas do País.



Arnaldo Jardim – deputado federal (PPS-SP)

arnaldojardim@arnaldojardim.com.br

www.arnaldojardim.com.br

http://twitter.com/ArnaldoJardim

Nenhum comentário:

Postar um comentário