sexta-feira, 26 de junho de 2009

A inexigibilidade do diploma para o jornalista


ABAIXO O “DEPROMA”

A imprevidência derruba a exigência de diploma para o exercício do JORNALISMO.

Fica a questão de saber o porquê, quais os motivos que levaram o Supremo Tribunal Federal a desmerecer todo um grupo de profissionais? Seria pelo motivo de eles mesmos não precisarem de diploma para serem Ministros do Supremo?  Será que ao invés de valorizarmos o país que tanto luta para levar instrução à população vamos agora retroagir, aceitando um grupo de despreparados exercendo uma profissão? Nada contra bons colunistas que expressam suas opiniões nos mais diversos meios de comunicação, entretanto afirmar que uma universidade não tem fator decisivo no bom desempenho de um profissional é no mínino incorrer no risco da leviandade. Será que ainda continuamos com a retrógrada idéia de que quanto mais inculto for o homem mais fácil de dirigi-lo?

            Precisamos de trabalhadores competentes em todos os meios de produção no Brasil, quando procuramos um profissional, além da formação exigimos experiência, assim para um grupo profissional é fundamental a formação, a prática através do exercício e fiscalização da sua atividade através de organismos competentes para a existência da confiabilidade na atividade profissional em nosso país. Impossível comparar profissões como o fez o Ministro Gilmar Mendes, cada uma tem sua nuança própria, é certo que o Jornalismo não lida diretamente com vidas, entretanto a Administração de Empresas, a Economia, as Relações Exteriores e tantas outras também não lidam, vamos acabar com toda formação acadêmica no país por elas não estarem afetas a salvar imediatamente uma vida? Comparar jornalista com um cozinheiro é um contra censo, e quem frita um ovo não é cozinheiro caro Ministro, e da mesma forma de que quem frita um ovo não precisa de um curso superior como o Senhor afirmou,  para se escrever uma linha num meio de comunicação também não, entretanto para informar uma população de forma correta e lúcida precisa sim, como para se preparar um bom jantar é necessário muito conhecimento de culinária.

            O Jornalismo lida sim, com vidas, quando é formador de opinião das massas, a voz do povo em suas reclamações, traz a público as covardias dos dirigentes, os problemas sociais, a corrupção e a notícia real como informação social, o jornalismo pode endeusar ou destruir conforme for ou não eticamente direcionado, precisando o grupo, ser bem formado para exercer a profissão com o dom natural que possui, mas com conhecimento, com discernimento e direcionamento no sentido fazer o trabalho profissional confiável, para que a coletividade possa estar sempre bem informada, criando em seu seio opinião correta sobre os fatos, e estando preparada para ter atitudes lúcidas sobre os acontecimentos.

             Afirmar que a exigência de um diploma para o exercício de uma profissão é restringir a liberdade de expressão é o mesmo que afirmar que somente tem liberdade de expressão aquele que pode se manifestar num meio de comunicação! E mais, apenas os que  trabalham como jornalistas? E os demais? A liberdade de expressão esta muito acima disso,  é a liberdade que todos temos de manifestar nossa convicção em todo e qualquer lugar desse país, sendo o jornalismo apenas mais uma forma dessa manifestação, é uma liberdade para todos os brasileiros de todas as profissões.

            E enfim, o jornalista erra sim por ser humano, mas erra muito menos pelo preparo acadêmico, pelos anos de estudo, pela experiência adquirida com os professores que aprenderam antes e agora ensinam, compreendem nos bancos universitários o que é ética profissional, o que são princípios morais para o profissional, a maneira humanitária e civilizada de apresentar os  fatos de forma a não violentar o íntimo das pessoas que irão ter contato com seu trabalho. É na universidade que se aprende o bom exercício teórico e prático para todas as profissões.

     Esperemos que esse equívoco do Supremo Tribunal Federal seja corrigido o quanto antes, para que profissional do jornalismo possa ter o valor que merece, como uma pessoa bem formada e preparada para o exercício de uma profissão que reputo de imensa importância para coletividade, pois a influencia, conduz, dirigindo pensamentos e formando opiniões que quando conhecedoras da realidade dos fatos que somente poderão ser apresentados por alguém competente, poderão, enfim, ter atitudes coerentes, racionais e produtivas para o país.

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