quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A DIFÍCIL ARTE DE CONVIVER


Sociável por natureza, o ser humano se depara constantemente com extrema dificuldade de se relacionar nos mais diversos grupamentos em que almeja interagir em virtude do natural choque de interesses e de emoções que essa atividade propicia.

Somos, cada indivíduo, um universo íntimo particular e único que se forma através da educação, do meio, das experiências vividas e dos interesses momentâneos que cada um experimenta ou cultiva em seu campo de aspirações, fazendo com que cada pessoa aja e reaja no meio conforme lhe determina seu universo particular. Cada ação ou reação pessoal se entrechoca com os interesses daqueles que o rodeia, formando assim uma teia de relacionamentos harmoniosos ou na maioria das vezes desarmoniosos em virtude das atitudes se direcionarem ou não no sentido desejado.

O conviver pede respeito mútuo, bom senso, e uma grande dose de força de vontade no sentido de se utilizar a causa do relacionamento, seja amizade, necessidade, amor ou interesses comuns, como a mola propulsora para se manter o vínculo pessoal e um nível razoável de aceitação. As pessoas não são como queremos e não mudarão como desejamos, assim resta-nos apenas aceitá-las como são, não é fácil, mas é a solução para um relacionamento durável e tranqüilo. Necessitamos entender e aceitar que todos temos imperfeições e essas imperfeições incomodam aqueles que nos cercam, procurarmos minimizá-las em nossas atitudes e o efeito delas no nosso dia a dia é fator preponderante para um bom relacionamento social ou afetivo e principalmente procurar mecanismos em nosso ser para conseguir conviver com as imperfeições alheias, mantendo o equilíbrio e a paz interior é a solução definitiva para o bem viver.

Procurar evidenciar as qualidades que as pessoas apresentam, mencionando-as e valorizando-as em lugar de guardar mágoas e ressentimentos, lembrarmos sempre da importância e ou necessidade desse relacionamento na nossa vida e da motivação que nos aproximou, aprendermos a resignação perante as pequenas atitudes que nos desagradam e compreensão de que também nos suportam em diversos momentos, e principalmente lutar contra o orgulho que naturalmente ainda nos oprime em diversos momentos de nossa vida, certamente nos ajudarão a conviver com maior tranqüilidade no meio familiar ou social sendo mais dóceis no trato com as pessoas, oferecendo um ambiente muito mais agradável ao nosso redor.

Conviver é preciso, nos relacionar no meio que vivemos é um anseio, sermos aceitos nos grupos acessíveis é uma necessidade para o equilíbrio íntimo e emocional, resta-nos então usar a inteligência que temos, suplantando as emoções antagônicas que muitas vezes nos atingem, no sentido de estabelecer a força da razão num primeiro momento, e com o aprendizado num impulso do sentimento no futuro, atitudes que nos favoreçam para estarmos bem situados, física, social e emocionalmente no meio em que estamos inseridos. É possível, se analisarmos conscienciosamente nossas posturas emocionais e atitudes pessoais, modificando-nos no que se fizer necessário, pois sempre será infinitamente mais fácil modificarmo-nos do que modificar o meio.


Moisés Rossi


(Imagem extraída do site http://robertodearaujocorreia.wordpress.com/)

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