segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dia das Mães

O segundo domingo do mês de maio (dia 09) simboliza uma singela homenagem as mães. Digo isso, pois uma data específica não seria suficiente para homenagear quem gera a vida, educa, transmite valores, além de ser dona de um amor incondicional para com a criança de hoje, que se tornará o cidadão de amanhã.

No Século XX, a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho, o direito ao voto, a liberdade de escolha, seja pela pílula anticoncepcional e outros métodos contraceptivos ou pela lei do divórcio, além de se tornar chefe de família.

Essa realidade fez surgir mulheres multifacetadas, profissionais competentes nas mais diversas áreas de atuação, capazes de exercer várias funções ao mesmo tempo, sem abrir mão do papel de mães zelosas, esteio de nossas famílias. Foi assim, na época da minha mãe, Dona Diana, professora dedicada, como é agora, ao lado da mãe dos meus filhos, Helena, uma competente diplomata.

Por tudo isso, defendo que ser mãe deva ser uma escolha e não um acidente. Neste aspecto, é fundamental contarmos com políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes, que sejam capazes de contemplar o aspecto físico, psicológico e social dos jovens.

Afinal, as jovens que engravidam precocemente, em sua maioria, enfrentam sozinhas o desafio de criar uma criança, pois são abandonadas pelos parceiros. Diante da tenra idade, são incapazes de educar e transferem a responsabilidade para os avos maternos. Além disso, boa parte delas acaba engravidando novamente, o que dificulta muito a sua reinserção nos estudos e no mercado de trabalho. Cria-se então um círculo vicioso, de desestruturação familiar e abandono, que compromete toda uma geração.

Em tempos em que a prática política está tão desacreditada, posso comemorar o fato de ter sido autor da 1º lei sobre sexualidade na adolescência da América Latina, ainda como deputado estadual. A Lei nº. 11.976/05 garante a permanência e a continuidade do Programa Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo, coordenado pela Dra. Albertina Duarte Takiuti. Este estabelece um modelo de atendimento que se tornou referência no Brasil, por tratar-se de uma atenção integral e gratuita envolvendo áreas como medicina, psicologia, assistência social, educação, sexualidade e odontologia. A partir daí, foram implantadas 23 Casas de Adolescentes, o “Disk Adolescente”, o estabelecimento de equipes de Saúde da Família, o Programa Balada da Saúde, além de constatarmos uma melhoria significativa na educação pública no Estado.

No período entre 1998 e 2008, houve uma redução de 22,9% no número de adolescentes grávidas, entre 10 e 14 anos; na faixa etária entre 15 e 19 anos, 36,3%. Combinando os dados, no Estado de São Paulo chegamos a uma redução global de 36,18%, ou seja, 54 mil adolescentes deixaram de engravidar. Também foi constatada a redução de 47% na segunda gravidez na adolescência.

Segundo pesquisa divulgada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a interrupção nos estudos e a falta de oportunidades de trabalho são os dois motivos que mais afetam a qualidade de vida de adolescentes grávidas.

Além disso, também fui o autor da Lei nº. 8.893/94 que instituiu a Carteira de Prevenção do Câncer Ginecológico e Mamário no Estado de São Paulo. Uma medida que pretendo ampliar para o âmbito federal.

Nesta data especial, além de cumprimentar, que destacar que políticas públicas estáveis podem mudar comportamentos, estabelecer novas referências e fazer à diferença! Feliz Dia das Mães!



Deputado Arnaldo Jardim – vice-líder do PPS na Câmara Federal

arnaldojardim@arnaldojardim.com.br

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http://twitter.com/ArnaldoJardim

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